quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Solidariedade e sociabilidades libertárias

Nos próximos assuntos abordados no blog do ISVA estaremos discutindo o tema da solidariedade e sociabilidades libertárias. Abrimos o espaço para todos que quiserem colaborar. Segundo Reclus, a declaração dos direitos humanos refere-se à liberdade do homem, de liberdade completa e absoluta, mas ela se engana, se esta liberdade não se encontra limitada pelo amor e pelos deveres, pois “só o homem livre pode sem segundas intenções estreitar contra seu peito a seu irmão e dizer-lhe: te amo” (Reclus, apud Bellido, 2009:145). Acrescenta que a dominação que ocorre no mundo, não é só econômica, mas é também espiritual. A luta cotidiana, no trabalho, na sociedade, deve estar acompanhada pela luta por um pensamento livre.
Estamos cansados de saber que a questão econômica é a principal raiz dos problemas sociais. A desigualdade social, a carência das coisas mais essenciais da vida: alimentos, saúde, habitação, por exemplo.
O que se pode fazer para mudar essas coisas? Bastam palestras? Escritos? Essas coisas por certo ajudarão, mas não seria melhor mudar radicalmente a sociedade que vivemos?
Como povos de outras regiões resolveram seus problemas? Por que até hoje não resolvemos os nossos?
Cada um de nós deve ter uma explicação.
Sendo assim, gostaria inicialmente de recordar a vocês a experiência humana em nosso planeta. Como se sabe, uma geração corresponde ao tempo necessário para que uma espécie possa reproduzir-se. Os arqueólogos falam que já se passaram cerca de 10 milhões de anos, ou seja, um milhão de gerações entre os humanos. Os orangotangos se reproduzem, por exemplo, entre os 7 e 8 anos de idade; os gorilas e os chimpanzés comuns entre os 6 anos e meio e os 8, e para os homens arcaicos um termo médio de 11 anos. Nosso ancestral comum viveu cerca de 5 milhões de anos (700 mil gerações), os australopitecos permaneceram só 3 milhões de anos (300 mil gerações); os homens arcaicos viveram durante um milhão e oitocentos mil anos (cerca 170.000 gerações) e os homens modernos apareceram faz 180 mil anos (14 mil gerações): "disso resulta que o número de gerações que nos separa de nosso antepassado comum com os gorilas e chimpanzés e, por conseguinte, do começo da diversificação de nossa raça, é de aproximadamente 1.200.000 anos. Simplifiquemos a um milhão de gerações, uma cifra já incrível de antepassados extintos e envoltos na neblina do tempo" (Chaline, 2002, p. 21-22).
Nesse milhão de gerações ocorreram diferenças genéticas e morfológicas. O paleontólogo (estudo dos seres antigos) persegue as marcas da história de vida e a do homem em particular, chamam-nos de paleoantropólogo. "O pré-historiador se dedica a reconstrução das sociedades humanas que nos precederam. Ambos trabalham como inspetores de polícia, embora com indícios mais limitados. No entanto, o Paleontólogo e o pré-historiador dispõem atualmente de métodos muito eficazes para identificar os sinais de vida. Usam métodos paleoquímicos para reconstruir ambientes físicos e climas, indícios de fauna e flora com a finalidade de avaliar a biodiversidade da vida em uma época determinada. Empreende análises bioquímicas, biologia molecular e celular, cromossômica, embriológica, de anatomia comparada e de forma para identificar todas as estruturas dos fósseis" (Ibidem, p.23).
Na sociedade moderna, o sociólogo, procura entender as diferentes formas de organização social, juntamente com outras áreas das ciências sociais e ciências sociais aplicadas, como a antropologia, a economia, o direito, a psicologia, a geografia, a educação, procurando dar uma radiografia do homem moderno em toda sua pluralidade e complexidade, embora, sempre esteja imbuído de uma perspectiva política que lhe ampara nas formulações sobre os problemas sociais. Daí considerarmos a sociologia anarquista, como Bellido, como uma cultura política de resistência
Dentre as invenções humanas, talvez a mais importante tenha sido a linguagem e o processo de comunicação. A possibilidade de se comunicar e de elaborar acordos e convenções. A idéia de discutir e decidir sobre a melhor maneira de vivermos em grupo. É possível que tenhamos enveredado por caminhos não muito ajustados na relação social com base no amor e na solidariedade. Inúmeras sociedades foram construídas sobre o império do medo, da opressão, escravidão, mas, por sua vez, como tudo na vida ruíram e se extinguiram.
As primeiras sociedades humanas, as que comumente, chamamos sociedades indígenas, foram construídas com base nas relações de parentesco, não havia necessidade de escolas, juízes ou polícias, isto é, eram sociedades sem Estado. Em caso de conflitos, formavam grupos de guerreiros para combater os inimigos. Em suas aldeias, porém, as contendas eram decididas através do diálogo, sem intermediação. O trabalho coletivo era repartido para todos, não havia os que comiam e os que passavam fome como em nossas sociedades atuais. A propriedade era coletiva, de todos, caçavam, pescavam e cultivavam para todos. Pesquisas antropológicas demonstram que o tempo de trabalho de inúmeras aldeias indígenas não chegavam a 4 horas diárias e eram entrecortadas por banhos e festas.
Mas, diremos, o mundo mudou. Mudou. Uma das piores invenções do mundo moderno com certeza foi a arma de fogo. Deu poder superior a grupos que dominam sociedades e que dispunham desses instrumentos para dominar outros povos que apenas possuíam arcos e flechas. Países e Estados construíram armas ainda mais letais que os rifles de repetição que dizimaram povos em várias partes do mundo. Os mísseis e foguetes teleguiados, a bomba atômica, a guerra química.
Enfim, nos consideramos seres evoluídos e agora estamos preocupados com o futuro do planeta, com as pandemias, com as milhares de pessoas que morrem de fome, com as mudanças climáticas, provocadas pelo avanço dessas tecnologias chamadas de ponta.
Gostaria de chamar a atenção para aquilo que eu falei que era uma das maiores invenções humanas, a comunicação. Ela transformou-se agora em um dos grandes problemas, pois grupos privados e estatais têm o controle sobre os meios de comunicação e conseguem com isso, inculcar nos corações e mentes da população toda sorte de intrigas e mentiras, de criação de pânico e medo, que servem aos seus próprios interesses para comercialização de algum produto.
Ou seja, o maior triunfo do ser humano, o diálogo, transformou-se em um monólogo surdo que facilita a cooptação e a manipulação dos seres humanos para objetivos puramente comerciais e até criminosos, voltados para o lucro das grandes empresas que mais destroem nosso planeta.
Com essas palavras iniciais, gostaria de incitar novas discussões não com uma idéia pessimista de que nada tem jeito, ao contrário, acredito numa mudança a partir de nós mesmos, tomando como base a idéia de que a transformação deve partir de nossas mentes e conferir um papel importante para a educação, mas não aquela educação burocrática, baseada em prêmios e castigos, na seletividade, mas sim, naquela, educação que Proudhon, Bakunin, Reclus, Kropotkin, Ferrer, Paulo Freire e muitos outros ensinaram, de uma educação solidária, libertadora e libertária, sem arrogância, com a qual se possa acreditar que outro mundo é possível e, onde, estão engajados muita gente nesse esforço que é ao mesmo tempo individual e coletivo.
Eduardo Nunes

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Confraternização libertária 2009 no ISVA







No dia 26 de dezembro, sábado, foi realizada a confraternização de fim de ano do ISVA. Participaram cerca de 50 pessoas entre associados e colaboradores do instituto. Organizado pela atual diretora do ISVA, Hilda Braga, e a coordenadora da oficina de leitores Dom Quixote Marcela Sousa, a festa contou com a participação de crianças, jovens e adultos num clima festivo. Brincadeiras, jogos, presentes e muita comida deram o clima de alegria. A confraternização encerra um ano de muitas atividades do instituto, o cineclube, teatro, oficina de instrumentos musicais, apresentações internas e externas das atividades das crianças que frequentam a biblioteca José Oiticica, reforma de nossas instalações. Comemoramos também o prêmio Machado de Assis do Ministério da Cultura que proporcionou ao ISVA receber 600 livros (científicos e literatura), 2 estantes, 1 computador e permitiu dinamizar nossas ações na biblioteca. A confraternização libertária abre perspectivas para uma prática e ação anarquista local no bairro, baseada na solidariedade, participação e ação direta contra o autoritarismo e agressões sociais e ambientais.

Outra vez: incêndio no ISVA







Na semana do natal fomos surpreendidos por mais um incêndio no ISVA. Dessa vez, dentro da própria área, atingindo cerca de 20% do total. O incêndio criminoso, dizimou árvores e muitas mudas, além da micro-fauna e micro-flora local. O fogo começou na parte do fundo do instituto, numa área onde comerciantes deixam restos de matérias primas utilizadas em seus produtos e moradores também colocam os resíduos que já não lhe servem mais. Vale ressaltar que o local não é adequado para depositar essas coisas, mais ainda por estar perto de uma área de preservação ambiental onde são cultivados árvores da mata atlântica, frutíferas e plantas medicinais, onde são realizadas reuniões sobre educação ambiental com jovens das escolas públicas e frequentadores da Biblioteca José Oiticica. O incêndio destrói todo um trabalho de recuperação da área, de plantio de diferentes espécies de plantas e de melhoria de qualidade ambiental no bairro. Estamos preparando uma campanha mais efetiva de educação ambiental para a conscientização dos empresários e moradores do bairro para não colocarem mais lixo nesse local.

domingo, 29 de novembro de 2009

Manifestação contra a OMC em Genebra na Suiça








A mobilização ocorreu neste sábado (28), em Genebra. Os anticapitalistas também lançaram fogos de artifício na principal rua comercial da cidade, e pedras contra os policias, que, fortemente armados, revidaram com bombas de gás lacrimogêneo, gás pimenta, canhões de água e balas de borracha para dispersar os manifestantes, que seguiam para a sede da OMC. Pelo menos 40 pessoas foram presas. Amanhã, 30 de novembro (N30), comemoram-se os 10 anos da batalha nas ruas de Seattle, cidade dos Estados Unidos, onde foi realizado o encontro da Organização Mundial do Comércio (OMC), da chamada "rodada do milênio".
Agência de Notícias Anarquistas
MR



sexta-feira, 27 de novembro de 2009

HORTAS ESCOLARES NO BAIRRO DE VALÉRIA







Uma revolução libertária no dia-a-dia, essa é a idéia do ISVA na divulgação e implantação de hortas escolares e domésticas no bairro de Valéria aqui em Salvador.



A experiência de alfabetização ecológica seguindo os passos do centro de Eco-Alfabetização localizado em Berkeley na Califórnia ressalta que o desequilíbrio dos ecossistemas reflete um desequilíbrio anterior o da mente, ou seja a crise ecológica é uma crise da educação, pois, toda educação é educação ambiental. Segundo David W. Orr "A meta não é o mero domínio de matérias específicas, mas estabelecer ligações entre a cabeça, a mão, o coração e a capacidade de reconhecer os diferentes sistemas - aquilo que Gregory Bateson certa vez chamou de o 'padrão que interliga'".(2006, p.11)



A possibilidade dos próprios estudantes cultivarem ou prepararem seus próprios alimentos constitue-se em uma experiência inigualável. As crianças não estão acostumadas a comerem um alimento que não esteja em uma embalagem ou em uma lata. Plantar e colher seus próprios alimentos, arrancar uma cenoura da terra ou comer uma melancia ainda quente do calor do sol, diz-nos, Michael Ableman, a maior parte da nossa sociedade não tem essa experiência.



Dessa maneira, o ISVA vai desenvolvendo parcerias com as escolas públicas do bairro para implantação de Hortas Escolares e incentivo à criação de Hortas Domésticas. O colégio Estadual Noêmia Rego e a Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida estão visitando nosso espaço verde e trocando conhecimentos de ecologia social.
Além dos alunos e diretores visitarem nosso espaço, fazemos visitas às escolas apresentando idéias alternativas de hortas orgânicas, aproveitamento de água de chuva, trabalhos manuais. Na última quarta-feira, 25 de novembro de 2009, tivemos a visita de uma turma da 4ªsérie da Escola Municipal acompanhada da diretora e de professores. Nesse encontro, discutiu-se a crise ecológica, o conhecimento e a importância das plantas e o cultivo de hortas, uma experiência gratificante.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

sábado, 31 de outubro de 2009

Biblioteca José Oiticica: um projeto de educação libertária

A Biblioteca Comunitária Prof° José Oiticica mantida pelo Instituto Socioambiental de Valéria é muito mais que um depósito de livros. É um projeto de Educação Libertária num bairro periférico da cidade de Salvador-Ba.

Foi no bairro Valéria que Seu Antonio Fernandes Mendes, descendente de Antonio Conselheiro, natural de Quixeramobim (Ceará), camponês sindicalista, revolucionário anarquista, instalou um espaço de educação informal onde passou a plantar ecologicamente e dar aulas ao ar livre.

No rastro dessa história, em uma casa velha de fazenda acontece hoje a Biblioteca Comunitária Prof° José Oiticica. Ela precisa de doações para reformas, pois a casa é muita antiga.
Confira no vídeo abaixo

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Morreu um anarquista, ou...

“Nem o governo, nem pistoleiros, nem esses bandidos todos não vão conseguir acabar com a gente. Nosso povo nasceu índio, nasceu cheio de coragem, nasceu guerreiro!”
Tumbalalá
De coração partido informamos que o companheiro e amigo Chrystian Paiva, que tive a oportunidade de conhecer em Santos (SP), em meados da década de 90, de conviver, trocar idéias, compartilhar sonhos e lutas, morreu neste domingo (18), aos 34 anos, sob circunstâncias mui suspeitas, num balneário na cidade de Boa Vista, em Roraima, estado onde a taxa de mortalidade por homicídio é uma das mais altas do Brasil. Deixou dois filhos, Lennon e Gaia. E vários companheiros e companheiras, amigos e amigas. Foi enterrado ontem (20) em São Paulo, na capital.
Segundo a versão da polícia divulgada nos jornais locais ele se suicidou. Mas sua companheira, Adriana Gomes, diz que não acredita na versão oficial de que Chrystian tenha cometido suicídio.
Hoje (21) pela manhã, por telefone, ela disse indignada e aos prantos: “Nós simplesmente saímos para nos divertir com uma amiga dele que havia vindo de São Paulo nos visitar. Saímos todos juntos (Chrystian, sua amiga e eu). Nenhuma de nós duas estávamos próximas dele [na hora da morte uma estava dormindo e a outra estava tomando banho no rio]. Entramos em estado de choque, fomos maltratadas [moralmente] pela polícia, ela mais do que eu, pois ela chegou antes de mim e ficou detida. Não dá para acreditar na versão da polícia e da imprensa. Tenho plena convicção de que eles próprios atiraram nele, ele estava machucado no rosto, a mão esquerda estava machucada também. As testemunhas falam coisa com coisa e ninguém diz o que aconteceu, outros falam que os policiais atiraram nele. Não sei direito o que fazer, eu morri junto com ele, tudo um grande desastre, mas queria que me ajudassem. Estou meio transtornada".
Em 15 de fevereiro de 2009, Chrystian comentou no blog do Movimento de Organização dos Trabalhadores em Educação (MOTE): “Componho e apoio o MOTE. Apesar de afastado por motivo de saúde, e não poder participar ativamente da luta. Tenho sofrido perseguição, desconto de salário indevido, humilhações, enfim, tudo aquilo que sofre um professor nesse estado. E tudo depois de ter lutado com unhas e dentes em uma greve que resultou nesse aumentozinho miserável e não mudou a estrutura do sistema em nada… Sinto vergonha quando encontro colegas do interior que me informam que a situação está pior, muito pior… Alguns me cobram, confundindo minha figura com a do sindicato… cansei de ouvir “vocês esqueceram-se da gente… e aquele monte de coisa, ar condicionado, melhoria das escolas, etc, etc…”. Um companheiro de Mucajaí recentemente afirmou que as escolas que fotografamos continuam na mesma, acrescido, agora, da infestação por ratos… Pois bem, as escolas de ficção continuam, a merenda ruim ou inexistente continua, o assédio moral continua, a ditadura dos diretores e sua incompetência continuam, as doenças do trabalho continuam, as salas com 45 graus continuam, as progressões mal pagas continuam. Até quando agüentaremos calados todo esse inferno? Será que lutar por mais 10 ou 15% é o que basta?”.
Além da luta na educação, dos professores, eles também estavam envolvidos no movimento contra a implantação da indústria da cana-de-açúcar em Roraima, pela Biocapital, empresa paulista recém-instalada naquele estado e que deseja montar a maior usina de etanol da região amazônica. Esta empresa possui uma grande usina de biodiesel em Charqueada (SP), no interior paulista, que funciona exclusivamente com sebo bovino e tem sua cadeia produtiva manchada por crimes trabalhistas e ambientais.
Na floresta amazônica, terra cobiçada por grandes interesses obscuros e inescrupulosos - um conluio de fazendeiros, empresas e políticos -, há anos o poder promove a violência, reprime e assassina, indígenas, populares, trabalhadores sem terra, ecologistas, todos e todas que lutam incansavelmente pela Vida Plena. Há anos o capital explora e destrói a Natureza, a diversidade da Vida naquela região.
São anos de ganância, arrogância, humilhações, imposições, impunidades, injustiças... São tantos anos de “terrorismo” democráticodemercadomidiático!
ANA: Agência de Notícias Anarquistas
Moesio Rebouças

Federação Anarquista Gaúcha


TODA A SOLIDARIEDADE PARA COM A FAG! ANTES A REPRESSÃO FOI CONTRA O SEM TERRA ELTOM, HOJE É NA SEDE DA FAG, AMANHÃ QUEM SERÁ???
A REPRESSÃO DO GOVERNO YEDA FOI ALÉM DO ESPERADO. DOIS COMPAS FORAM PROCESSADOS E RESPONDERÃO A UM PROCESSO DE PARTE DE UM GOVERNO ACUSADO DE DEZENAS DE CRIMES, E ALVO DE INVESTIGAÇÕES FEDERAIS EM SEQÜÊNCIA. ATÉ A REPRESSÃO DO ESTADO LIBERAL-BURGUÊS VÊ A ESTA GESTÃO COMO SUSPEITÍSSIMA. YEDA ALEGA INVESTIGAR UMA PROPAGANDA CONTRA A SUA HONRA PESSOAL, MAS NA VERDADE, QUER É DEFENDER A SUA GESTÃO ENTREGUISTA, LACAIA, REPRESSORA, ANTI-POVO E CORRUPTA!
A POLÍCIA CIVIL DO RS LEMBROU SEUS TEMPOS DE DOPS (DOS QUAIS NUNCA ESQUECEU!) E, APREENDEU DOCUMENTOS INTERNOS DA FEDERAÇÃO ANARQUISTA GAÚCHA, INCLUINDO OBJETOS DE USO PESSOAL. INTIMOU TAMBÉM AQUELES QUE MESMO OFERECENDO APENAS A SUA SOLIDARIEDADE – OU PRESTANDO SERVIÇO COMO TRABALHADOR AUTÔNOMO - CONSTAVAM DE REGISTROS DA PÁGINA DE INTERNET DA ORGANIZAÇÃO. NÃO BASTASSE A APREENSÃO DA CPU E DO BACK UP DO COMPUTADOR, LEVARAM DOCUMENTOS INTERNOS (COMO ATAS DE REUNIÕES, DOCUMENTOS DE DEBATES), MATERIAL DE PROPAGANDA PÚBLICO E ATÉ OS RESÍDUOS QUE ESTAVAM NA LIXEIRA DA SEDE. COMO ERA DE ESPERAR, OS ANARQUISTAS SE PORTARAM À ALTURA DE SEU DESAFIO E ENCARARAM COM SOBRIEDADE E FIRMEZA TODA A INTIMIDAÇÃO POLICIAL.

IMEDIATAMENTE A SOLIDARIEDADE DE CLASSE SE FEZ NOTAR, REPERCUTINDO NO RIO GRANDE DO SUL, POR TODO O BRASIL, NA AMÉRICA LATINA E, A PARTIR DA ESPANHA, POR ORGANIZAÇÕES ANARQUISTAS E MOVIMENTOS POPULARES DE TODO O MUNDO. EM BREVE VAMOS AGRADECER A TODAS E TODOS QUE SE MOVERAM PARA DEFENDER ESTA AGUERRIDA ORGANIZAÇÃO POLÍTICA NASCIDA EM 18 DE NOVEMBRO DE 1995 E QUE VEM CUMPRINDO COM SEU DEVER PERANTE NOSSA CLASSE E POVO NOS 365 DIAS DO ANO!

PARA LOGO TAMBÉM ESTAREMOS SOLTANDO UMA LARGA CRÔNICA, DETALHANDO O OCORRIDO E CONTEXTUALIZANDO O GOVERNO NEOLIBERAL DE YEDA E CARLOS CRUSIUS, LAIR FERST, RUBENS BORDINI, DO FINADO MARCELO CAVALCANTE (AFINAL, QUEM O MATOU?!), DO CORONEL MENDES, DE CHICO FRAGA, MARCOS RONCHETTI, WALNA VILLARINS MENEZES, AOD CUNHA, ARIOSTO CULAU, FERNANDO LEMOS, FERNANDO SCHILLER E OUTRAS TANTAS E TANTOS PERSONAGENS SINISTROS DA RECENTE HISTÓRIA POLÍTICA DO RS. ESTA É A “NOVA GERAÇÃO” DE ARENISTAS DO PAGO, AGORA REMODELADOS COMO NEOLIBERAIS E SOB A SIGLA DO PSDB DE FERNANDO HENRIQUE E CIA. É ÓBVIO QUE NÃO SÃO APENAS OS OPERADORES DA POLÍTICA OS RESPONSÁVEIS PELA DOMINAÇÃO ESTRUTURAL E PELA OPRESSÃO NA SOCIEDADE. MAS, NESTE MOMENTO, NO RIO GRANDE, ESSA LAIA É REPRESENTANTE DIRETA DE INTERESSES DO GOVERNO CENTRAL (COMANDADO POR LULA E HENRIQUE MEIRELLES), FAZENDO CORO COM O LATIFÚNDIO (SOB O NOME DE AGRO-NEGÓCIO), COM O DESERTO VERDE (APELIDADO DE REFLORESTAMENTO), DAS PRIVATIZAÇÕES (CHAMADAS DE PPPs), E DO PIOR DE TUDO: A SOMA EXPLOSIVA DE REPRESSÃO POLÍTICA, CORRUPÇÃO DE GOVERNO E ENTREGUISMO.

É PRECISO DERRUBAR ESSA CORJA E ROMPER O CONTRATO DE EMPRÉSTIMO COM O BANCO MUNDIAL! A FAG VEM DENUNCIANDO O CRIME DE VENDE-PÁTRIA DESSA CAMARILHA DESDE QUE COMEÇARAM AS NEGOCIAÇÕES DESSE ABSURDO. POUCAS VOZES SE LEVANTARAM NO RO GRANDE E A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA, INCLUINDO A OPOSIÇÃO PETISTA, VOTOU POR UNANIMIDADE A ASSINATURA DESSE ABSURDO. VOTARAM SEM VER O CONTRATO E POUCOS GRITARAM. É POR ISSO QUE YEDA CRUSIUS ATACOU A FAG! PORQUE ELA ATACA A VERDADE ESCONDIDA SOB O MANTO DA MENTIRA DO SEGREDO ENTRE AMIGOS. É POR ISSO QUE A CHAMAMOS DE RESPONSÁVEL PELO ACORDO ENTREGUISTA JUNTO AO BANCO MUNDIAL E TAMBÉM É RESPONSÁVEL, JUNTO COM O COMANDO DA BRIGADA, DO ASSASSINATO DO COLONO SEM-TERRA ELTOM BRUM DA SILVA. ESTA FOI A RAZÃO DE YEDA MANDAR A CIVIL, ATUANDO COMO POLÍCIA POLÍTICA, ATACAR A NOSSA SEDE E LEVAR O QUE O MANDADO PERMITIA E TAMBÉM O QUE NÃO PERMITIA. BASTA!

PARA LOGO ESTAREMOS MAIS UMA VEZ DIALOGANDO COM AS FORÇAS DA ESQUERDA SINCERA E MILITANTE DO RS PARA REAGIRMOS, DE FORMA PÚBLICA E VEEMENTE, A MAIS ESTE DESMANDO E ABSURDO. É HORA DE AGLUTINAR FORÇAS E FAZER REVIVER ELTOM BRUM EM NOSSAS LUTAS! PORQUE NUNCA ESTÁ MORTO QUEM PELEIA!

SOLIDARIAMENTE, FEDERAÇÃO ANARQUISTA GAÚCHA

WWW.VERMELHOENEGRO.ORG/FAG

NOVO EMAIL PARA CONTATO: fag.solidariedade@gmail.com em: 30/10/2009 21:46 - por federação anarquista do rio grande que nunca se rende!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

SEMINÁRIO

CEM ANOS SEM FERRER
A PEDAGOGIA LIBERTÁRIA EM QUESTÃO
FACED/UFBA
CANELA
DIA 16 DE OUTUBRO (SEXTA-FEIRA)
19 às 22 HORAS

Maurício Tragtenberg, Leitor de Francisco Ferrer
Por Doris Accioly

Educação anarquista X Pedagogia Libertária:
a escola moderna na Bahia
Por – João Neto

DIA 17 DE OUTUBRO (SÁBADO) – 9 às 12 HORAS

Educação libertária e a
Biblioteca Comunitária
José Oiticica
Por - Eduardo Nunes

Aristocracia Acadêmica
Por – Ricardo Liper

Realização: Instituto Socioambiental de Valéria - ISVA

terça-feira, 22 de setembro de 2009

SEMINÁRIO










SEMINÁRIO





Cem Anos Sem Ferrer:




A PEDAGOGIA LIBERTÁRIA EM QUESTÃO




16 e 17 de Outubro de 2009




AUDITÓRIO DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO



UFBA




CANELA SALVADOR BAHIA

domingo, 20 de setembro de 2009

Eleições no ISVA

Aos associados do ISVA,

Informamos que no dia 26 de setembro de 2009, a partir das 13:00 h. na sede do instituto, Rua Estrada da Valéria, 103, Jardim Terra Nova, Km 11 Br-324, depois do fim de linha do Derba, bairro de Valéria, haverá a eleição para a nova diretoria.

sábado, 29 de agosto de 2009

ISVA: uma proposta de educação libertária para uma sociedade sustentável



O ISVA é um centro de estudos em várias áreas do conhecimento, priorizando a sociologia, a ecologia humana, a geografia dos espaços habitados e habitáveis, artes e ofícios e agricultura sustentável. Desenvolve projetos de hortas urbanas e escolares com a perspectiva da educação ambiental libertária.

LUTE PELA PRESERVAÇÃO
DO
PARQUE SÃO BARTOLOMEU



PARTICIPE

DO

ISVA!

seja sócio ou colaborador



O ISVA promove a idéia da autogestão social e por princípios pedagógicos libertários.
A educação libertária desenvolvida seja para crianças e até para os adultos, tem como proposta a não-diretividade, a participação e a troca de conhecimentos.


Tecnologias
Adequadas
para
Sociedades Sustentáveis

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

I CONCURSO PONTOS DE LEITURA 2008: HOMENAGEM A MACHADO DE ASSIS


O ISVA através da Biblioteca Comunitária José Oiticica por ter sido uma das iniciativas selecionadas como Ponto de Leitura pelo Ministério da Cultura recebeu um Kit composto por 650 títulos distribuídos em: 50% de obras de ficção, 25% de não-ficção e 25% de referência. Além dos livros, recebeu também 01 computador, 01 impressora, mobiliário básico com 1 mesa e 1 cadeira giratória, 02 almofadas, 03 pufes e 2 estantes com rodas. Este acervo e o material dará maior dinamismo as nossas ações culturais dentro do bairro de Valéria. Atualmente já desenvolvemos com uma estagiária da UFBA a oficina de leitura D. Quixote, reunindo as crianças e adolescentes com atividades de artes e leitura de histórias, além de atividades práticas de ecologia no horto do ISVA.


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS NO PARQUE SÃO BARTOLOMEU




Parque São Bartolomeu pede Socorro!

Uma equipe do ISVA - Antonio Mendes, Gilberto Machado, Igor Sant' Anna e Eduardo Nunes - foi visitar no dia primeiro de abril de 2009 o Parque São Bartolomeu. Encontramos um parque abandonado, a cachoeira de Oxumaré espumava devido aos esgotos de conjuntos habitacionais localizados à montante dela. A Cachoeira de Oxum está sem uma gota de água, ambas têm origem no rio Mané Dendê que nasce fora do parque. O parque é uma área aonde os iniciados do candomblé vêm trazer suas oferendas aos Orixás. 500 anos atrás a área era ocupada pelos índios Tupi situados na costa do Brasil, segundo o antropólogo José Augusto L. Sampaio, tinha uma população grande "cerca de um milhão de pessoas, com a mesma língua, a mesma cultura" (História, natureza e cultura: Parque metropolitano de Pirajá, 1998, p. 29). Além da ação religiosa com a catequese, a perseguição e matança dos índios foram ocorrendo ao longo dos séculos e, com a colonização foram implantados engenhos em suas terras e algumas áreas transformaram-se em quilombos. O crescimento urbano de Salvador já no século XX e, sobretudo, com a forte imigração dos anos 1970, as áreas mais distantes do centro de Salvador foram sendo ocupadas sem que houvesse uma intervenção urbana preocupada na qualidade de vida das pessoas e na preservação de áreas ambientalmente importantes de Mata Atlântica. Inúmeros esforços das associações comunitárias do entorno, grupos ambientalistas e as escolas lutam há anos para a recuperação da área com 2660 hectares abrangendo os municípios de Salvador e Simôes Filho. O ISVA continuará lutando pela preservação do parque e de outras áreas verdes importantes da cidade do Salvador.
PROPOSTA PARA O PARQUE METROPOLITANO SÃO BARTOLOMEU E MEMORIAL DE PIRAJÁ
SEMINÁRIO SOBRE A RECUPERAÇÃO DO PARQUE SÃO BARTOLOMEU-
TERREIRO DE DONA SANTINHA-
7 DE JULHO DE 2007
A Proposta para recuperação do Parque Metropolitano São Bartolomeu e Memorial de Pirajá que o ISVA apresenta fundamenta-se no pressuposto de uso sustentável da área com base em amplas discussões e pesquisas já realizadas sobre o local. Todos os bairros do entorno com uma população de cerca de 600.000 pessoas passam por problemas sociambientais urbanos muito graves, a população com níves de renda baixo e alguns sem renda alguma exercem uma pressão negativa sobre o entorno do parque. O Parcelamento do solo urbano e a falta de infra-estrura básica como a precariedade do saneamento ambiental, dos serviços de saúde e educacionais agravam ainda mais a siutação. Por isso, deve-se ter uma atenção especial para integrar a população na defesa e preservação do ambiente florestal, disponibilizando meios e recursos permanentes para a melhoria da qualidade de vida dos moradores do seu entorno. Além de constituir-se numa área florestal com potencial para o lazer contemplativo da população.
Dispomos de muitos meios práticos para estas ações com a criação de uma agro-ecologia nos limites do parque e bairros do entorno praticando a permacultura e a silvicultura para assegurar uma progressiva sustentação do ambiente florestal de Pirajá. Sem isto, estaremos pondo em risco o manancial hídrico existente, uma reserva de água fundamental para o equilíbrio ambiental e para um futuro sustentável no município de Salvador. Devemos atentar que a contaminação dos rios urbanos e das reservas de água próximas ao nosso habitat não coloque em risco a nossa sustentabilidade local.
Medidas e Ações Urgentes:
Incentivar a criação de cooperativas baseadas na autogestão e na economia solidária
Recuperar as áreas degradadas com o plantio de árvores extrativistas da mata atlântica na seguinte ordem de prioridade: cajazeira, ingá, mangaba, araticum, goiaba, palmeiras diversas, urucum, ananais silvestres, pitombos, birreiros, jenipapo, jambolão, abacate, mutamba, murici da praia, bambu para artesanato com controle.
Recuperar o mangue abaixo da cachoeira do cobre até a enseada do cabrito.
Re-introduzir no interior da floresta árvores que foram suprimidas ao longo do tempo, como o Cedro verdadeiro, Sucupira roxa, Massaranduba, Jacarandá, Jatobá-pau-paraíba, Angelim, Tapicuru, Ipê amarelo, Ipê roxo, Louro do campo, Jequitibá, Açoita cavalo, Biribas, Gameleiras, Pau pombo, Candeias, Umbaúbas, Caroba, Carobinha.
Recuperar os antigos limites do Parque, definição da área-limite com ciclovia margeando o parque, sem diminuição da área florestal.
Levantamento classificatório das ervas rasteiras, arbustivas e trepadeiras, cipós e palmeiras existentes na floresta devido a sua grande variedade e inexistência de pesquisas/estudos específicos. O estudo realizado por prof. Carlos Fonseca com equipe do Projeto Rondon restringiu-se às arvores de médio e alto porte.
Delimitar uma faixa de 40 metros para uma agro-floresta com o plantio de 50 mil árvores da mata atlântica e silvestres intercaladas.
A criação de um horto herbário de plantas medicinais e da flora da mata atlântica.
Assegurar que a Empresa de Saneamento da Bahia-EMBASA destine um percentual fixo de sua receita para a manutenção/gestão do Parque.
Assegurar que os organismos florestais monitorem o extrativismo na mata sem danos para o ecossistema local.
Inventário fotográfico do Parque inclusive com o levantamento das áreas de risco do Parque.
Levantamento e classificação da fauna e flora do Parque.
Antonio Mendes e Eduardo Nunes

ASSOCIAÇÃO ZUMBI DOS PALMARES

ASSOCIAÇÃO ZUMBI DOS PALMARES DA PALESTINA

Como nunca antes o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Reparação e renovação é a promessa dos princípios da comunidade da Palestina. Para cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos da comunidade. Isto requer uma mudança na mente e no coração com a conscientização e educação como metas. Requer um novo sentido de independência e de responsabilidade. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de uma vida sustentável aos inovadores local e regional. Nossa diversidade cultural é uma herança, fortalecendo a esperança e conquistar o novo porvir. Esta herança preciosa de diferentes culturas encontre por si uma forma de realizar esta visão.
Devemos aprofundar e expandir o diálogo porque temos muito que aprender a partir da busca iminente e conjunta por verdade e sabedoria. A vida muitas vezes envolve atenção entre valores importantes, porém, necessitamos encontrar caminhos para humanizar a diversidade com a unidade e criarmos um novo paradigma: o exercício da liberdade, com o bem comum como objetivo. Todo indivíduo, família, organizações e comunidade têm um papel importante, assim como, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, ong´s, são necessárias para uma representatividade efetiva e transparente. Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova face, a vida pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação da luta pela justiça e pela paz, e a alegre celebração da vida.
José Antonio – Presidente da Associação Zumbi dos Palmares do bairro da Palestina






Um futuro mercado de trabalho


O que quero ser? Qual o profissional atualmente mais procurado? Como aprimorar conhecimentos já adquiridos? Mundo globalizado, mundo confuso. Certamente um pouco desta confusão está dentro da sua cabeça que ainda está festejando a conclusão do ensino médio. O que você irá fazer agora? Que caminho irá seguir?
Se olhe no espelho e se pergunte: quem sou? Quem serei? Para onde vou? Qual será o meu futuro? Sabendo responder estas perguntas você saberá qual o profissional quer ser, pois escolher uma profissão é reconhecer que as habilidades para exercê-las já estão em você.
Cleide de Aquino

JORNAL AÇÃO DO POVO

EDITORIAL
JORNAL AÇÃO DO POVO
Os princípios do jornal Ação do Povo são a liberdade, igualdade, solidariedade, cidadania e a ética. O jornal tem a sua diretriz na autogestão, seus jornalistas e escritores não têm nenhum privilégio, nem diferenças entre si e, assumem, conjuntamente, a responsabilidade de suas informações. Sabemos que a mídia atual deixa o povo sem as informações reais, não há interesse de mostrar os causadores do real problema social, e nem se interessam em resolvê-las, ou mesmo, minimizá-las.
A ação do povo é a ação direta da nossa própria realidade. Os objetivos do jornal Ação do povo têm na ecologia humana e na educação das crianças sua base principal. Para sair deste ensino castrador, formal, compulsório e destrutivo da juventude, precisamos de uma escola viva mostrando os espaços geográficos e a história da real existência da vida.
O nosso destino comum nos conclama a buscar um novo começo com a revolução, a renovação e transformação. A crise atual atinge todos os quadrantes do globo. Atinge duramente o poder civil informal, além disso, os agravamentos da crise ecológica e do manejo do solo levam a saúde pública, em decorrência do excesso de química no solo (pesticidas), a inúmeras endemias e pandemias.
Nesse número, serão abordados temas como o abandono e a poluição do Parque São Bartolomeu/Pirajá, os problemas ambientais e sociais do bairro de Valéria, do Vale do rio Coruripe no bairro da Palestina, assim como, artigos sobre arte e educação popular, feminismo e ecologia. O jornal Ação do Povo é uma publicação do Instituto Socioambiental de Valéria (ISVA) que vem se destacando por suas ações através da Biblioteca Comunitária José Oiticica com parcerias com Universidades (UNEB e UFBA) e o Ministério da Cultura (Pontos de Leitura), realização de cursos na área de permacultura e agroecologia, oficinas de artesanato de bambu, de confecção de instrumentos musicais. O ISVA realiza trabalhos com as escolas locais e com as associações comunitárias.
O ISVA realiza assessoria a movimentos sociais na área de ecologia social e agricultura sustentável, e sua biblioteca possui um acervo de livros em diferentes áreas: literatura, científicos especializados em sociologia, ecologia, agroecologia, etc.
Antonio Mendes, Gilberto Machado, Eduardo Nunes
ISVA

OFICINAS PERMANENTES NO ISVA

O Instituto Socioambiental de Valéria e a Universidade Federal da Bahia através do projeto: Oficina de Formação de Leitores Dom Quixote, realiza na Biblioteca Comunitária Professor José Oiticica do bairro de Valéria diversas atividades lúdicas para crianças e adolescentes. O ISVA desenvolve também oficina sobre Ecologia Humana, Permacultura e Agroecologia para crianças, jovens e adultos.

Local: Estrada da Valéria, 103, tel: (71) 3291-0504 (Após o fim de linha do DERBA)
Email:
institutovaleria@ig.com.br
http://isva-institutosocioambientaldevaleria.blogspot.com/

· Oficina de Ecologia Humana, Agroecologia e Permacultura:
Segunda e Sexta 14:30 às 16:00.
Oficina de leitura e brincadeiras:
Terça e quinta a partir das 9:30h. (manhã e tarde)
Sábado a partir das 13:00h. da tarde

GRATUITO
VENHA E PARTICIPE!

Cineclube do ISVA


Próximo Sábado dia 8 de agosto de 2009 no ISVA, 18 horas
Sinopse
Macunaíma é um herói preguiçoso, safado e sem nenhum caráter. Ele nasceu na selva e de negro (Grande Otelo) virou branco (Paulo José). Depois de adulto, deixa o sertão em companhia dos irmãos. Macunaíma vive várias aventuras na cidade, conhecendo e amando guerrilheiras e prostitutas, enfrentando vilões milionários, policiais, personagens de todos os tipos. Depois dessa longa e tumultuada aventura urbana, ele volta à selva. Um compêndio de mitos, lendas e da alma do brasileiro, a partir do clássico romance de Mário de Andrade.
Informações TécnicasTítulo no Brasil: MacunaímaTítulo Original: MacunaímaPaís de Origem: BrasilGênero: ComédiaTempo de Duração: 108 minutosAno de Lançamento: 1969Site Oficial: Estúdio/Distrib.: EmbrafilmeDireção: Joaquim Pedro de Andrade
ElencoGrande Otelo .... Black MacunaímaPaulo José .... White Macunaíma » Ver todo o Elenco...





sábado, 4 de julho de 2009

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Incentivos fiscias para quem?





Aqui não tem recursos do governo federal estadual ou municipal


clique em cima da imagem: a placa informa aqui tem recursos do governo federal


É realmente muito angustiante como as pessoas vão construindo suas vidas nas metrópoles. Sabe-se que a única solução que os pobres têm para resolver o problema de moradia (já que os governos com o nosso dinheiro não querem resolver a situação) é a ocupação de áreas e, aqui em Salvador, essa prática é muito antiga. Casas vão surgindo, formando ruas e depois bairros, pode ser uma CDP (Cidade De Plástico) como no subúrbio ferroviário, pode ser também como em Águas Claras, bairro vizinho do bairro de Valéria, separados apenas pela BR-324. Mais interessante ainda, é construir sua casa com muito esforço e com a ajuda apenas dos vizinhos, ao lado de uma multinacional que recebe incentivos fiscais do governo. Isto é o que acontece defronte ao ISVA. Aos poucos vão abrindo os caminhos, limpando o terreno e, logo em seguida, constroem suas casas. A Toshiba não, ela possui incentivos do governo federal para a construção do seu empreendimento e, não estão preocupados com os seus vizinhos pobres que podem ter suas casas arrastadas pelas chuvas por não ter a proteção fiscal e nem paredes de contenção. Triste sina de um povo que teve invadidas suas terras e agora não sabe como viver nessa irracional metrópole.

Poluição e perigo em Valéria











Esta semana assistimos, mais uma vez, demonstração de desrespeito ao ambiente e à saúde das pessoas e de animais no bairro de Valéria próximo ao ISVA. Não só moradores jogam em área verde seus lixos domésticos (resíduos) como também empresas e indústrias descarregam impunemente materiais que já não lhes servem mais em uma área que é de preservação. Este local que liga o bairro à Br-324 vem sendo utilizado como depósito de lixo. Não satisfeito em simplesmente deixar, alguns ainda queimam, seja para apagar os vestígios do ato, seja para a retirada mais fácil de metais ou mesmo por irresponsabilidade. Estes incêndios ocorrem com frequencia neste local, colocando em risco a reserva de mata e de plantas medicinais conservada pelo ISVA e os quintais de outros moradores.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

FESTA JUNINA NO ISVA

FESTA JUNINA E NOVENA LIBERTÁRIA DO “SEU” ANTONIO

Convidamos a todos os associados, amigos e colaboradores do ISVA para a festa de confraternização no dia 13 de junho, dia de Santo Antonio, protetor dos angoleiros. A partir das 15 horas no ISVA, vai ter fogueira, milho assado, cozido e amendoim. Quem quiser colaborar, pode trazer seu licor, sua canjica, suco, cerveja e repartir com todos. Vamos ter um som para tocar forró e animar a festa.

sábado, 23 de maio de 2009

Curso de Instrumentos Musicais - Módulo Alfaia




Faltava divulgar as fotos do final do curso de instrumentos musicais realizado no mês de março de 2009. O curso confeccionou uma alfaia como demonstração. O professor, Scube, mostrou seu conhecimento aos participantes, além de ter interagido com o ambiente colhendo futas e trazendo sementes de cabaça para serem plantadas. Em setembro o ISVA vai oferecer mais um curso de instrumentos musicais.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

SOS: Salvador em estado de calamidade pública

Eduardo Nunes/ISVA
Na cidade de Salvador, como também, em todo o Nordeste brasileiro o pêndulo está voltado para a dimensão YIN. As chuvas vão provocando enchentes, deslizamentos, mortes, muita gente desabrigada e desespero. Os bairros de Valéria, Águas Claras, Palestina e muitos outros de Salvador estão sofrendo com a quantidade de chuvas e ventos. A cidade se veste de preto nas encostas, os plásticos estendidos tentam aplacar a fúria da natureza, sem muito sucesso.
O desmatamento das encostas e/ou a falta de contenção dos morros de Salvador provocam os desabamentos que tanto apavoram os moradores, fruto do descaso dos poderes públicos (municipal, estadual e federal) que nada fazem para resolver os problemas.
Em Valéria, alguns membros do coletivo do ISVA têm prestado apoio aos vizinhos que tiveram suas casas destruídas. A casa do filho de Carlos deslizou da encosta e se chocou com a do pai e um poste tombou sobre a casa. O risco é eminente. Se vier mais chuva e vento o poste pode cair arrastando o fio sobre as outras casas. O morador está desesperado, telefonou para a defesa civil e o problema real e urgente se transformou apenas em um número na burocracia, em mais um pedido. O próprio órgão ao ouvir que o poste estava na eminência de cair, mandou ele telefonar para a Coelba, empresa que vende a eletricidade, transferindo o problema.
Os empresários de Valéria, pois Valéria tem muitas empresas multinacionais, nacionais e estaduais, nada fazem, nem ao menos moram lá, mas se beneficiam do bairro. Se o Estado não utiliza os recursos do povo para salvar essas pessoas que estão sofrendo e os empresários acomodados em suas mansões seguras e confortáveis nada fazem. O que resta para os pobres de Salvador? dor e desespero. A ajuda dos vizinhos nesses momentos é a única alternativa.
Vamos ajudar moradores de Salvador e do Nordeste brasileiro a essa gente que vive em encostas, em casas inseguras, em vales que estão cheios de água, e as casas imersas em águas poluídas.
Solidariedade
Salvador, pede Socorro!

sábado, 16 de maio de 2009

Faleceu o historiador e escritor anarquista Edgar Rodrigues (1921-2009)


Autor de dezenas de livros sobre o anarquismo, iniciou suas atividades no movimento libertário ainda jovem em Portugal. Veio ao Brasil nos anos 1950, fugindo da ditadura de Salazar, participando do movimento libertário. Em uma entrevista feita pelo Dr. José Maria C. Ferreira, intelectual e ativista anarquista português para a revista libertária Utopia, lembra como foram esses primeiros anos:

“Eu cheguei ao Brasil em 50, e participei ainda em sete congressos anarquistas, a nível nacional, inclusive com a participação de estrangeiros. Nós tínhamos então uma propriedade que era a nossa chácara, em São Paulo, que agora passou para outro lugar e numa área maior, e ali se reuniam clandestinamente os companheiros do Brasil”. (Edgar Rodrigues, Revista Utopia).

No final dessa entrevista, deixa em aberto as novas perspectivas e observa a importância da ecologia para o pensamento anarquista contemporâneo:

“A ecologia entrou muito no meio do anarquismo, principalmente no Brasil, porque há uma certa preocupação com a preservação da Natureza, uma coisa que os anarquistas, no passado, não tiveram assim tanta preocupação, porque havia muita mata e pouca gente e hoje existe muita gente e a mata está a queimar-se. De forma que estou bastante preocupado com isso. Vamos ver se ainda surge, antes de eu morrer, alguém para tomar conta das coisas, porque de momento não vejo isso.” (Edgar Rodrigues, Revista Utopia).

Obras de Edgar Rodrigues


Na Inquisição de Salazar (1957)
A Fome em Portugal (1958)
O Retrato da Ditadura Portuguesa (1962)
Portugal Hoy (Venezuela) (1963)
Socialismo: Síntese das Origens e Doutrinas (1969)
Socialismo e Sindicalismo no Brasil ( Movimento Operário 1675/1913) (1969)
Nacionalismo e Cultura Social (1913-1922) (1972)
Violência, Autoridade e Humanismo (1974)
Conceito de Sociedade Global (1974)
ABC do Anarquismo (Lisboa-Portugal) (1976)
Breve História do Pensamento e da Lutas Sociais (Lisboa-Portugal) (1977)
Trabalho e Conflito (Greves Operárias 1900-1935) (1977)
Novos Rumos (1978)
Deus Vermelho (Porto-Portugual) (1978)
Alvorada Operária ( Os Congressos 1887-1920) (1980)
Socialismo: Uma Visão Alfabética (1980)
O Despertar Operário em Portugal (1834-1911) (Lisboa-Portugal) (1980)
Os Anarquistas e os Sindicatos em Portugal (1911-1922) (Lisboa-Portugal) (1981)
A Resistência Anarco-Sindicalista em Portugal (1922-1939) (1981)
A Oposição Libertária à Ditadura (1939-1974) (Lisboa-Portugal) (1982)
Os Anarquistas - Trabalhadores Italianos no Brasil (1984)
Os Trabalhadores Italianos no Brasil (Itália) (1985)
ABC do Sindicalismo Revolucionário (1987)
Os Libertários: Idéias e Experiências Anárquicas (1988)
Quem Tem Medo do Anarquismo? (1992)
O Anarquismo na Escola, no Teatro, na Poesia (1992)
A Nova Auroa Libertária(1946-1948) (1992)
Entre Ditaduras (1948-1962) (1993)
O Ressurgir do Anarquismo (1962-1980) (1993)
Os Libertários (1993)
O Homem em Busca da Terra Livre (1993)
O Anarquismo no Banco dos Réus (1969-1972) (1993)
Os Companheiros - 5 volumes-de A a Z (1994)
Diga Não à Violência! (1995)
Sem Fronteiras (1995)
Pequena História da Imprensa Social no Brasil (1997)
Os Companheiros (1998)
Notas e Comentários Histórico-Sociais (1998)
Pequeno Dicionário de idéias libertárias (1999)
Universo Ácrata - Volume 1 e Volume 2 (1999)
Rebeldias (quatro volumes, 2005 - 2007)
Um século de História político-social em Documentos (Vol.1 e 2 - 2006 e 2007).
Lembranças Incompletas (2007)
Mulheres e Anarquia (2007)
Colaborou ainda com diversos orgãos da imprensa anarquista como o jornal Fenikso Nigra (Campinas) e a Revista Letra Livre (Rio de Janeiro). Auxiliou, juntamente com o historiador Carlos Carvalho Cavalheiro, o escritor Jesús Giraldez Macía na pesquisa para o livro sobre o militante anarquista João Perdigão Gutierrez ("Entre el rubor de las auroras").
Colaborador com verbetes para Enciclopédias e livros - Biblioteca Sorocabana, volume I, História e Memórias da Crearte Editora, 2005 e Enciclopédia Sorocabana (verbetes sobre anarquistas). Também foi responsável pelo prefácio da edição fac-similar do Jornal "O Operário", de Sorocaba, publicada em março de 2007.

Dados Obtidos: Revista Utopia “http://www.utopia.pt/” e "http://pt.wikipedia.org/wiki/Edgar_Rodrigues"

INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL DE VALÉRIA: uma experiência de inserção societária e resistência



el__brujo
O ISVA está localizado num bairro periférico de Salvador/Bahia, com todas as suas carências e necessidades próprias destas populações marginalizadas pelo sistema produtivo (capitalismo) com seus baixos salários e o subemprego, e pelo Estado com a força física da coerção policial.
Citamos para esclarecimento do desleixo que ocorre nessas áreas de exclusão social, a falta de intra-estrutura nas áreas de saúde, educação, lazer, transporte, saneamento básico etc. Estamos falando do bairro de Valéria, mas esta leitura pode, e deve, ser ampliada para os bairros circunvizinhos: Águas Claras, Boca da Mata, Palestina, Pirajá etc.
O ISVA é um Centro de Estudos em Ecopedagogia e Agroecologia Urbana, objetivando a educação integral (manual e intelectual) e o cooperativismo baseado na economia solidaria, assegurando, assim, a sustentabilidade de atividades ecoprodutivas. Em resumo o ISVA desenvolve a prática de Autogestão Social, onde o exemplo é a melhor forma de educação, pois nada se impõe ao outro.
Neste espaço societário se integram algumas atividade de elevação do caráter humano e da auto-formação de uma postura solidaria no convívio social, tais como:
a.- Cursos sobre permacultura, agricultura natural, artesanatos etc;
b.- Feira Comunitária (escambo) realizada pelos ‘vizinhos’ do sítio, com produtos naturais, artesanato, palhaços, objetos usados, poesias e guloseimas maravilhosas;
c.- Biblioteca Comunitária Prof. José Oiticica, com oficinas de leitura para os pequenos, estimulando-os na experiência lúdica de apreender;
d.- CineClub de Valéria/Isva, com projeções à cada quinze dias de temas polêmico que exercitam a reflexão política com a ajuda da sétima arte (cinema & debate);
e.- além, é claro, do Tanque, onde todos que buscam fugir do calor se deleitam em sua água aconchegante; o lugar é o preferido das crianças e jovens que populam o espaço mais prazeroso do sítio...
O ISVA (institutovaleria@ig.com.br) conta com a ajuda voluntária em qualquer uma dessas áreas de atuação ou outras quaisquer que você deseje desenvolver, pois a nossa maior força é a consciência de que só o apóio mútuo, e não o assistencialismo apregoado pelas igrejas e o Estado, fará a diferença na transformação do indivíduo, que deve buscar a sua inserção na coletividade da qual faz parte e de onde sairá o referendo para suas atividades cotidianas.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

MANEJO ECOLÓGICO DO SOLO










Antonio Fernandes Mendes/ISVA
Professor em Agricultura Sustentável

Ou a espécie humana aprende a manejar os desequilíbrios da natureza e suas desordens ou desaparecerá da mesma forma que desapareceram os grandes Sáurios. As plantas têm uma tecnologia que nenhuma espécie viva tem que é a criação da fotossíntese, obtida da energia solar. Por sua vez, a fotossíntese polariza dois elementos vitais à vida animal: o carboidrato e o oxigênio. As plantas são como reatores fabricantes de energia aos milhões, captando energia do sol, tendo como catalisador a clorofila.
Mas o processo não fica só com as plantas, é preciso um alimento vital, o gás carbônico, o mais raro gás da atmosfera e só os animais têm a capacidade de fornecer este precioso alimento às plantas. Assim se completa o ciclo vital entre plantas e animais. Desse modo, o catalisador da respiração animal é a hemoglobina. Sintetizando, a planta capta o gás carbônico e libera oxigênio. Os animais consomem o oxigênio e devolve às plantas o gás carbônico enriquecido. Eis porque um não pode viver sem o outro. É uma dependência condicional do universo: “os animais são órgãos externos das plantas e as plantas são órgãos externos dos animais, que por sua vez são órgãos de uma unidade universal espiralada”.
Aquele que desejar a reconstrução de uma agricultura assentada nas bases ecológicas terá que saber que uma planta e um animal que adoecem endemicamente são porque a doença não está diretamente na planta ou no animal e sim na vida do solo e seu meio ambiente.
A visão criminosa e a ignorância estúpida, com relação à vida das plantas, de seguimento “científico” e de idéias de crescimento econômico religioso e dogmático, de grupos políticos e de economistas alheios à realidade do manejo do solo, quando elas são violadas com erros graves, as leis físicas e sutis da natureza, respondem implacavelmente a esses erros com hecatombes terríveis. Vejam bem, as plantas suprimidas e mortas, ou diminuídas suas variedades, quebram o elo da polarização YIN e YANG, abrindo-se um abismo no equilíbrio regulador dessas energias.
Exemplo: quando um pêndulo YIN desequilibra-se acontece um inferno astral de chuvas diluvianas que inundam a terra levando a desastres fatais. Quando um pêndulo YANG pende, ocorre o contrário, o inferno astral de fogo se alastra na terra carbonizando tudo que se encontra no solo, tornando cinzas sinistras. Isto são leis físicas! Mas, o agente mais perigoso e perverso é o habitante urbano, que desligado totalmente da natureza, destrói impiedosamente os espaços tornando a vida azóica e insuportável.
Palestra proferida pelo autor no Centro de Estudos Vitalício da Bahia, localizado na Av. Sete de Setembro em frente ao Forte de São Pedro em 30/10/1987.
APÊNDICE

Há vinte anos escrevi este pequeno esboço para ser publicado. Fiz palestra no Centro Vitalício da Bahia e expus o texto e li para os ouvintes presentes naquele centro. Agora explodiu a crise econômica e social, gravíssima, escondida pela mídia do sistema por baixo do lixo e dos tapetes políticos esfarrapados que há longos anos, mentem ao povo (políticos globais). As sujeiras dos “tupiniquins” daqui, não merecem descrevê-las, já pertencem ao lixo da história.
Não é só a crise política e social que está em jogo, quem se encontra em gravíssima situação é a terra que os crápulas dilapidaram, extorquiram, massacraram toda a base de sustentação dos solos. Este é o lado cru da realidade, não bastou Katrina, Chernobyl, os vales da China, agora em Santa Catarina e tantos outros desastres pelo mundo afora. Aqui em Salvador, o crime acontece abertamente nas “barbas” do poder público. Centenas de fontes foram destruídas, as famosas fontes da Bahia o bicho comeu, as lagoas idem, os riachos e rios viraram latrinas, os belos aluviões de areias de formações seculares foram dilapidados, as enseadas soterradas, as bacias de águas cristalinas da Baía de Todos os Santos contaminadas (é uma vergonha para este número tão grande de santos, todos emporcalhados de sujeiras físicas, por quem deveria evitá-los).
Vejam a BR-324, a Av. Paralela e a Estrada do Coco até o vizinho Estado de Sergipe. Ao longo da Estrada do Coco suprimiram as belas matas da biodiversidade da Mata Atlântica e implantaram a monocultura de eucaliptos, acabando com as variedades polimorfas ali existentes. No município do Conde, implantaram o cultivo do coco “anão”, "melhorado geneticamente", acabando com os cocos nativos e as palmeiras de grande valia, lembro a essa gente que quando se mexe com uma folha, se mexe com o universo (da sabedoria grega e oriental).
O que afirmo da insensatez humana é uma realidade e, agora, com a crise econômica e social grave tornou-se evidente um arrastão social global.

sexta-feira, 8 de maio de 2009




O ISVA é um centro de estudos em várias áreas do conhecimento, priorizando a sociologia, a ecologia humana, a geografia dos espaços habitados e habitáveis, artes e ofícios e agricultura sustentável. Desenvolve projetos de hortas urbanas e escolares. Propõe uma escola viva, do pré-natal ao pré-mortal.
Coordena a Biblioteca Comunitária José Oiticica composta de livros infantis, escolares, literatura e científicos principalmente relacionados com educação, ecologia e agricultura sustentável.
O ISVA não é casa de residência, nem individual nem coletiva por falta de infra-estrutura física e de recursos. Conta com um amplo espaço florestal urbano, onde se podem armar barracas temporárias para participar de seminários, simpósios, palestras, oficinas em diversas áreas: fitoterapia, ciência que estuda as plantas e que cura as doenças da população, cursos de plantas medicinais, agroecologia e permacultura, oficinas eco-produtivas (bambu, instrumentos musicais), teatro, educomunicação, cooperativismo, rodas de leituras, vídeos, cordéis, cineclube, feiras de livros e de economia solidária.
O ISVA promove a idéia da autogestão social e por princípios pedagógicos libertários. A educação libertária desenvolvida seja para crianças e até para os adultos, tem como proposta a não-diretividade, a participação e a troca de conhecientos. Cursos de Agroecologia e Permacultura para um nível mais avançado é realizado no período de maio a novembro, 3 horas por semana, total de 84 horas.

Estamos localizados em uma área que não possui saneamento básico do poder público, tendo que construir estratégias de proteger o meio ambiente local, construindo fossas. Além disso, a nossa rua não possui asfalto, o que a torna mais agradável para o convívio entre os vizinhos, quase todos têm quintais e plantas de diversos tipos.

Venha participar do ISVA, como sócio ou colaborador.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Bairro da Palestina: aqui também é Salvador

O Bairro da Palestina localiza-se no lado direito da BR-324 no sentido Salvador-Feira e faz divisa com o município de Simões Filho. Como muitos bairros da cidade esquecidos pelo poder público, o bairro da Palestina, vizinho ao Bairro de Águas Claras e de Valéria, vem sofrendo as agressões de empresas que retiram pedras em seus arredores, poluindo rios, provocando desmatamentos e rachando as casas com as explosões. Esse vídeo é uma denúncia contra essas ações inconsequentes das empresas e ao descaso governamental. O vídeo foi feito por um morador do próprio bairro, indignado com os problemas causados pela chuva de 2008.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Valéria Verde: multinacionais e ecologia


Impacto nos vales de Valéria pelas empresas


Mercedes-Benz em Valéria

Empresa Toshiba, em frente ao ISVA


Residências em auto-construção ao lado da Toshiba e em frente ao ISVA
Tecnologias adequadas para Sociedades sustentáveis
"Para a liberdade não há modelos ou modulações, somente experimentações"
(Edson Passeti)

O conceito de desenvolvimento sustentável tornou-se um coringa, um talismã (ALLENDE LANDA, 1995), encontrável em qualquer esquina, país, empresa, ong, etc. todos afirmam que estão praticando esse tal de desenvolvimento sustentável, empresas, chefes de estado, ong´s, pessoas... (JACOBS, 1996) parece que descobriram a pílula do rejuvenescimento, um dorian gray ilusionista. Todos professam a mesma cartilha. Sera?!?@

O bom é ser pequeno (Schumacher, 1983), já se dizia nos anos 60, apresentando modelos de tecnologias adequadas que não prejudicam o ambiente. Depois disso, as empresas mais poluidoras, os países com políticas tecnológicas mais agressívas faziam e ainda seguem fazendo em seus discursos uma lengalenga preservacionista, de responsabilidade sócio-ambiental enquanto contaminam toda a natureza, inclusive, nós os humanos. Protocolos internacionais acertam acordos que não são cumpridos, nem pelos que assinaram.

Quando os hippies iniciaram o movimento de comunidades alternativas (viva Raul!!), os produtos orgânicos, o uso de tecnologias mais simples, menos agressivas prosperou no mercado alternativo. O negócio é ser pequeno!!! fontes alternativas de gás, energia solar, eólica. Como os governos de direita e esquerda iriam modificar suas matrizes energéticas para moverem suas grandes indústrias, seus grandes parques tecnológicos?

Algumas empesas se capitalizaram e aperfeiçoaram seus equipamentos seguindo a onda alternativa, mas nenhuma política ou programa governamental poderia dizer livremente que iria mudar sua matriz sem que da noite para o dia as grandes empresas transferissem seus negócios para outros lugares.

Atualmente, ainda existem comunidades sustentáveis ou condomínios alternativos, embora rodeados e permeabilizados pelo mercado e modo de vida capitalista, mas enfim... As ecovilas são comunidades baseadas num modelo ecológico. Estão espalhadas no mundo, formando grupos entre 50 a 3000 pessoas. Ao lado dessas comunidades intencionais, existem ainda um número muito amplo de comunidades tradicionais indígenas, camponesas que também convivem de forma mais harmônica entre si e com o ambiente. Existe, inclusive, uma Rede Global de Ecovilas reunindo vários condomínios espalhados pelo mundo. Essa rede, segundo Braun (2005), foi criada em 1995 por ocasião da Conferência sobre as Ecovilas e Comunidades Sustentáveis - Modelos para o século XXI, realizada na Fundação Findhorn. Segundo esse autor, "este movimento já existe em mais de 15 mil localidades em diversos países, congregando mais de um milhão de pessoas, principalmente na Europa, América do Norte, Austrália, África do Sul e mais recentemente na América do Sul, que fazem parte de uma Rede Global de Ecovilas (GEN)" (p. 16). No Brasil, de acordo com Braun, já existem mais de 30 comunidades na rede de Ecovilas vinculada à global.

A ecovila de Findhorn, localizada no norte da Escócia e da baía de Findhorn, possui mais de 300 membros e "um grupo permanente de pessoas de 25 países, inclusive do Brasil" (p.48). Recebe por ano mais de 14 mil visitantes de mais de 50 países. Segundo Braun, a comunidade já ergueu 27 prédios ecológicos, desenvolveram vários tipos de tecnologias com materiais naturais. Como exemplo, a parede que "respira" para as residências, a partir de uma estrutura que permite "a saída do vapor de água e o ar saturado, impedindo a entrada do frio e da chuva" (p.53). Madeiras reutilizadas para construção de casas, cultivo de gramíneas no telhado, placas solares para energia elétrica, e a "máquina viva" sistema biotecnológico de purificação de águas residuárias das casas, são algumas das tecnologias sustentáveis que eles utilizam.

Na Bahia, existem algumas comunidades alternativas localizadas na Chapada Diamantina, principalmente, no Vale do Capão, município de Palmeiras, originários dos movimentos alternativos dos anos 70. Nessa época, muitas pessoas formaram grupos e foram viver nessas comunidades rurais nas regiões serranas do Estado.

Saindo da Escócia, indo para o Brasil, passando pela Chapada Diamantina e chegando ao Km 11 da BR-324, encontramos o ISVA, instituto socioambiental, atuante no bairro de Valéria no município de Salvador, na defesa da preservação ambiental e da melhoria da qualidade vida das pessoas, trabalhando com agricultura orgânica, agroecologia e permacultura. O ISVA atua como um centro de estudos em agroecologia urbana, possui uma Bilblioteca Comunitária, realiza oficinas eco-produtivas e cineclube. Em seus arredores grandes empresas nacionais a Gerdau por exemplo, e multinacionais como a Toshiba convivem com as residências simples, auto-construídas por seus próprios moradores que resolveram na ação direta seus problemas de moradia.
Em várias partes do bairro ruas sem asfalto onde se pode aproveitar para fazer pequenas hortas comunitárias com produtos para alimentação ou medicinais são as características principais de algumas áreas do bairro. O desemprego tem modificado a vida tranquila do bairro que tem uma grande presença de pessoas vindas das áreas rurais do Estado. Campanhas de plantio de árvores no bairro para proteger mananciais, nascentes e lagoas que contribuem para vida do rio do Cobre e da própria preservação do parque São Bartolomeu são algumas das ações do ISVA. As áreas verdes do bairro estão sendo vítimas de agressões pela implantação de empresas, de ruas que surgem sem a preocupação socioambiental e que vão desfigurando a paisagem e impedindo uma vida mais saudável nesse local. Valéria Verde é o chamado que fazemos para os moradores do bairro.

Uma outra sociedade com face humana e ecológica é possível se mudarmos nossa matriz energética, se soubermos viver igualitariamente, sem as tais desigualdades sociais.

Eduardo Nunes